Sessão I - Cine'Eco|Seia - Extensão Ilha Terceira - 7 de março às 21h00
1ª sessão da Extensão aos Açores | Terceira
do Festival Cine’Eco|Seia 2017
Os
documentários A Central Nuclear de Almaraz levanta dúvidas relativamente
à segurança (The Almaraz Nuclear Central put questions about the
safeety), Central Nuclear de Almaraz: uma bomba atómica na
margem do Tejo (Central Nuclear of Almaraz: an atomic bomb in Tagus
riverside) e A Suplicação – vozes para Chernobyl (La Supplication – voices for Chernobyl)
são os filmes que o Cine-Clube da Ilha Terceira, o Observatório do Ambiente dos
Açores e Os Montanherios, numa parceria com o Festival Cine’Eco|Seia, com a
colaboração da Sociedade Filarmónica Recreio dos Artistas, apresentam na 1ª
sessão da Extensão à ilha Terceira do Festival Cine’Eco | Seia 2016, que ocorre
na próxima terça-feira, dia 7 de maio, pelas 21h00, na Recreio dos Artistas, em
Angra do Heroísmo.
Em A Central
Nuclear de Almaraz Levanta Dúvidas Relativamente à Segurança, de Hugo
Alcântara (SIC), Portugal, 2016, 8’49’’, esta central nuclear espanhola,
situada a 100 kms da fronteira com Portugal, é questionada sobre as dúvidas que
está a levantar relativamente à sua segurança. Recentemente, a Greenpeace
denunciou problemas no edifício e, no início de 2016, depois de duas avarias
nos motores das bombas que puxam a água do Tejo para refrigerar os reatores, o
Conselho de Segurança Nuclear realizou uma vistoria. As elétricas que exploram
a central prometem corrigir as falhas e o governo espanhol garante que não
houve contaminação.
Central Nuclear de Almaraz: uma bomba atómica na margem do Tejo,
de Dina Soares, Joana Bourgard e
Rodrigo Machado (RR), Portugal, 2016, 16’, é o outro documentário sobre a
central nuclear de Almaraz, a mais antiga de Espanha ainda em laboração, que deveria
ter fechado em 2010. O governo espanhol prolongou-lhe a vida até 2020, mas as
empresas acionistas pretendem que a licença seja renovada por mais 10 anos. Nos
dois lados da fronteira são cada vez mais as vozes que denunciam os riscos
associados a uma central fora de prazo e que já sofreu mais de 2.500 avarias.
Só no ano de 2016, já teve que parar duas vezes devido a problemas técnicos que
nunca ficaram totalmente esclarecidos. Portugal está na linha da frente, em
caso de acidente, mas o governo português pouca informação parece ter sobre o
que se passa do outro lado da fronteira. Trinta anos depois do acidente de
Chernobyl, a Rádio Renascença visitou a central nuclear de Almaraz e daí
resultou este documentário.
Por
seu lado, A Suplicação – vozes para Chernobyl, de Pol Cruchten, Luxemburgo, 86’, filme que ganhou
o Grande Prémio Cine’Eco 2016, é uma adaptação do romance de Svetlana Alexievitch, que ganhou o Prémio Nobel
da Literatura em 2015. Trata-se de um olhar sóbrio e raro sobre a cidade de Chernobyl.
Este filme não é sobre Chernobyl, mas sobre o mundo de Chernobyl, do qual não
sabemos quase nada. Os testemunhos permanecem: cientistas, professores,
jornalistas, casais, crianças... Eles evocam como foram as suas vidas, depois
do desastre nuclear. As suas vozes formam uma longa súplica, terrível mas
necessária, que ultrapassa as fronteiras e leva-nos a interrogar-nos sobre a
nossa condição.
Estes três filmes/documentários dão
início à Extensão aos Açores | Terceira do Festival Cine’Eco|Seia, que também decorrerá
nas ilhas do Faial, através do Observatório do Mar dos Açores, de São Miguel,
através do ExpoLab e do 9500 Cine-Clube, e na Madalena do Pico, em resultado de
uma parceria entre o Cine-Clube da Ilha Terceira aquela autarquia. Todas as sessões
são sempre de entrada livre.
Na Terceira, ao longo das próximas
terças-feiras, até ao dia 2 de maio, terão lugar sessões, divididas entre sociedade
Recreio dos Artistas, o Observatório do Ambiente dos Açores (na antiga Casa do
Peixe) e Os Montanheiros encontrando-se a programação detalhada disponível em
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